segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Banalização das marcas

Depois de uma indicação da Carol, que escreve no blog Alfinetes de Morango, passei num blog que ainda não conhecia, da Pat Camargo e li um texto lá que gostaria de transcrever aqui pra vocês, meninas. Chama-se:

Vai uma Birkin aí, madame? Tá barata


"Eu sei que aqui não é blog de moda mas como apaixonada pelo assunto que sou me reservo o direito de comentar certas coisas. Há tempos quero falar sobre a banalização das marcas, dos objetos. Tenho uma fixação por bolsa, adoro, amo. Não entendo como uma pessoa pode pagar fortunas por um carro, por um sapato, mas entendo pagar fortunas por uma bolsa, se eu pudesse tambem pagaria. As minhas marcas preferidas são Chanel e Balenciaga, se eu pudesse teria uma de cada cor do modelo 2.55 e uma de cada cor do Motorcycle da Balenciaga. Nunca fui louca pela Birkin da Hèrmes, acho chic mas não amo. Aliás, pra ser sincera e juro que não é recalque, não gosto de quase nada da marca, acho clássico demais pro meu gosto mas acho que tem gente que combina. Quando conhecí essa bolsa, ela era um objeto de desejo ao alcance de poucas e boas. A lenda em torno do bolsa e o fato dela ser quase impossível de se comprar tornava tudo muito mais misterioso, mais valorizado. Uma vez uma cliente me perguntou que raios de bolsa era aquela e eu expliquei, qual não foi minha surpresa meses depois quando a mesma me disse que estava louca por uma e que já havia rodado o mundo tentado comprá-la. Aí ela chegou ao Brasil, aí o dólar abaixou, aí veio a recessão nos USA e as brasileiras continuaram com o poder de compra. Aí fudeu!!! Hoje fui fazer ginástica e tinham 4, sim queridas, 4 pessoas as 8 da manhã de uma terça feira, usando uma Birkin pra malhar. Combinado com seus leggings de lycra e tops curtos com barriga de fora. Outro dia até ví uma de crocodilo de manhã, mas a pessoa que usava tinha condições de ter sua própria reserva de corocodilo e escolher qual bichinho sacrificar para ter sua it bag. Hoje cedo, indo pra academia, passei em frente a um carro que vende objetos falsos, coisa boa, tem até gravura do Romero Brito. Sempre ví lá os cartazes anunciando Abercrombie, Seven jeans, Diesel, Gucci e até pouco tempo Goyard. Advinhem o que tinha lá hoje em cima do capô do carro? BIRKIN!!!! Laranja, caramelo, preta, de todos os centímetros que você quisesse. Seria uma coincidencia o fato da academia inteira estar usando tambem? Não sei, acho que dá pra pensar no assunto. O fato é que eu DUVIDO que aquele povo todo conseguiu comprar a bolsa de uma hora pra outra. Salvo raríssimas excessões eu conheço a turma e sei que boa parte alí não cnsegue nem comprar uma Santa Marinella ( ainda existe?) quanto mais uma Hermes. Pronto falei!"
Texto e foto reprodução

5 comentários:

Carol R. disse...

meninas
voces sabem minha opinião perante a banalização..

Paty A. disse...

Isso nunca vai deixar de acontecer no mundo da moda.

Anônimo disse...

Gostei do texto. Coco Chanel dizia q era o preço do sucesso: que se copiavam, sinal de que o que ela fazia era bom e desejado. Acho q é inevitável....

bjos A.

Patricia disse...

Concordo plenamente!!!

pat camargo disse...

Meninas, amei o blog e amei a honrosa menção a minha pessoa hehehe.
Qto as falsificações, bem, ja disse muita coisa, acho cafona e acho de quinta.
Acho mais digno vc usar uma bolsa sem marca mas correta, o problema hj em dia é encontrar uma bolsa que não seja ionspirada em alguma outra, as pessoas perderam a inspiração e so sabem copiar. Triste fato!